Um amor que não evoluiu

“[…] no grego, a primeira palavra para falar do amor é o termo porneia que se refere ao amor do bebê por sua mãe – isso quer dizer que ele a come! Ele gosta de seu leite, de seu calor, ou seja, do objeto materno. Para uma criança, é magnífico amar desta forma… E só vendo como uma criança pode ser glutona! Mas é pena que a mesma atitude possa ser tomada por um homem de cinquenta anos… quando sentimos que se trata de um bebezão que nos devora. Nesse caso, estamos diante de um amor que não evoluiu. Ainda existem enormes bebês com quarenta, cinquenta, sessenta anos que não terminaram de mamar, de comer, de consumir o mundo, de consumir os outros, de consumir o corpo!”

Jean-Ives Leloup em Amar… apesar de tudo

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